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Amamentação - minha história

Olá Mamães!


Aproveitando o finalzinho da Semana Mundial do Aleitamento Materno, quero compartilhar com vocês um pouco da minha experiência com a amamentação.

Não vou entrar a fundo no tema, pois não sou especialista e nem o melhor exemplo de amamentação bem sucedida rs, mas deixarei no final deste post o link de algumas páginas legais sobre amamentação e que podem ajudá-las bastante, ok?.


Sabemos que o melhor leite para o bebê é o materno. Seus benefícios físicos e emocionais são inquestionáveis. Durante a minha gestação idealizei muito esse momento e não tinha dúvidas que queria amamentar a Luíza exclusivamente com o leite materno e pelo tempo que ela quisesse.


Me preparei para as rachaduras, seios inchados, dores, vazamento, acordar de madrugada e etc....Porém, não me preparei para o único problema que enfrentei nessa jornada, a baixa produção de leite.

Tive um parto Cesária, minha bolsa estourou com 36 semanas e a Lú nasceu com 2.240 kg. Meu leite demorou muito para descer e isso me deixou bastante angustiada. Ainda no hospital, um dia a enfermeira entrou no quarto e pergunto se eu estava amamentando, eu disse "Simmm!!!" com aquela cara de interrogação enorme. Ela completou dizendo que o nível de glicose da bebê estava baixo e que teriam que dar o complemento senão a Lú perderia muito peso e não poderia ser liberada para casa junto comigo. Eu não queria que dessem o complemento, mas diante desse fato não parecia prudente contestar. Como contestar profissionais da área? E assim foi feito. A Luíza já saiu da maternidade com uma receitinha de fórmula. Até compramos a lata de leite, mas eu me recusava a seguir essa prescrição e esperava ansiosamente a descida do meu leite.

Só sei dizer que o primeiro mês foi de muitas lágrimas para nós duas. E quando a Lú berrava muito eu acabava cedendo ao complemento (20 ml no começo). E conforme recomendam os especialistas, eu tentava dar com copinho para não ocorrer a famosa confusão de bicos. Mas era um caos! A Lú vinha com tanta voracidade no copinho que dava até medo de machucá-la ou de engasgar. Sem contar que era uma lambança de leite. Não era um momento tranquilo e prazeroso como tem que ser a amamentação. Resultado, desisti rápido dessa história de copinho. Aff que inventou isso?.

A Lú chorava muito e já estávamos tão perdidos que não sabíamos mais nem distinguir choro de fome e cólica. Até que um dia coloquei um basta nesse sofrimento e resolvi complementar uma mamada sim e outra não com a mamadeira mesmo, mas claro, sempre oferecendo o peito antes. No começo não foi fácil. Cada vez que eu colocava a mamadeira na boca da Lú as lágrimas corriam em meu rosto. Era um sentimento absurdo de incapacidade, dúvidas e muito medo dela não querer mais o meu seio. "E se ela largar o seio? E os anticorpos? E o vínculo mãe e bebê?".

Lembro do meu leite vazar uma única vez de madrugada enquanto amamentava a Lú no outro seio. Nunca precisei usar as famosas conchas ou absorventes.

Quando tentava tirar o leite com a bombinha nunca ultrapassava 10 ou 20 ml. Eu ficava tentando mensurar minha quantidade de leite através dessas retiradas, até que parei, pois ver a quantidade que saía só me deixava ainda mais angustiada e sabia que isso não era bom para a minha produção.

Apesar de ter que complementar, sempre me esforcei para priorizar o aleitamento materno. Cada mês da Luíza sem largar o peito era uma vitória para mim. Com o tempo fui me acalmando e sentindo-me mais segura. E assim fomos até o 7° mês, quando ela não quis mais o seio e ficou só com a mamadeira (obs. Voltei a trabalhar quando ia completar 5 meses).

Vale ressaltar que nessa trajetória testei todos os recursos que me indicavam. Procurei tomar bastante água, tomei o chá da mamãe, Plasil e até o Equilid.

Atenção! Esses medicamentos tomei por apenas alguns dias, com receita médica e não dei continuidade, pois lendo algumas matérias na internet fiquei com medo de passar para a bebê através do leite. O Plasil me deixava com muita tontura e o resultado do Equilid foi mais na parte emocional, que estava um pouco abalada, do que efetivamente na produção de leite. Ou seja, acho que não valem o risco.

Tentei também aquela sonda de relactação, mas não soube usar e desisti dela também!

Porque eu tive pouco leite? Não sei explicar...As vezes ainda me pego tentando entender o que fiz de errado ou o que eu poderia ter feito de melhor.

Hoje, analisando com mais calma, acho que foi uma sucessão de fatos que contribuiu para isso. E sei que a minha ansiedade de início com a demora da descida do leite deve ter contribuído bastante.

Agora a Lú está com 1 ano e 11 meses, mama na mamadeira e no colinho, com o aconchego e carinho que esse ato precisa ter. É claro que o ideal sempre será o leite materno, mas olhando pelo lado afetivo, posso afirmar que até hoje eu amamento a minha filha, pois amamentar também é oferecer amor e aconchego, mesmo que seja através de uma mamadeira.


Uma mãe que amamenta no seio, mas está dispersa e não se entrega, não transmite vinculo e amor, não é mesmo?


Se eu pudesse dar uma dica para as futuras mamães seria:


1) Tenha em mente que, principalmente nos primeiros meses, você passará grande parte do seu tempo amamentando, por tanto, invista tempo para aprofundar-se no assunto. Não gaste seu tempo e dinheiro pensando somente no enxoval rs.

2) Faça uma consulta, ainda na gestação, com uma Doula ou profissional especialista em aleitamento materno para esclarecer suas dúvidas, orientá - la e até ajudá-la no Pós parto.

3) Amamentar é maravilhoso, porém nem sempre acontece tranquilamente como nos contos de fada. Então seja forte, tenha fé e persista!

4) Se por algum motivo for inevitável o complemento, respire fundo, esse não é o fim do mundo! Seu bebê pode sim crescer saudável e receber todo o seu amor através de uma mamadeira. Nunca sinta-se menos mãe por isso!. O importante é você estar presente e se entregar para esse momento. Olhar nos olhos, fazer um carinho, cantar uma música ou conversar baixinho com ele enquanto amamenta.


Bom meninas, esta é minha história com a amamentação, pode não ser perfeita, mas é vitoriosa e cheia de amor.




Grande beijo

Fabielle Leite


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